terça-feira, 9 de novembro de 2010

Uma visão Empresarial sobre o Show do Paul McCartney

No último domingo, Paul McCartney realizou um show memorável em Porto Alegre, o primeiro em território brasileiro de sua Up and Coming Tour. O compositor de maior sucesso de todos os tempos segundo o livro Guinness e recordista de público em show solo, desfilou sucessos centrados na fase Beatles e anos 70.


 Em um ambiente de competição no qual a palavra onipresente é inovação, o êxito do senhor de Liverpool mostra um outro viés. O que Macca pode mostrar às empresas e marcas?



1. Mais do mesmo: sentimentos e certo valores são perenes e sua representação, neste caso artística, não precisa trazer nova roupagem para repercutir em seu público. O que ele espera é justamente isso, que você não mude jamais.


2. Autenticidade: não existe algo equivalente a sensação de estar diante do original com uma história rica e cheia de nuances, mistérios, amores e realizações. Isso torna uma marca repleta de sentidos e o público cúmplice dela.






3. Atemporalidade: gerações que viveram o auge de sua fama e gerações que nasceram muito tempo depois, compartilhando juntos. Uma ideia que transcende o tempo, pois carrega os dois elementos anteriores citados.


4. Simplicidade: mais do que business, o espírito de fazer o que se gosta e de forma bem feita, ao mesmo que se diverte enquanto trabalha. Não são necessários grandes efeitos espetaculares, trocas de figurino e artimanhas de popstar quando a mensagem é mais forte que a forma.


No quesito custo, o show também teve alta repercussão, já que os ingressos mais caros foram vendidos por R$ 520, o que por 3 horas de espetáculo significou quase R$ 150 por hora. Tudo para bancar um evento na casa dos milhões de dólares. Isso lembra uma antiga estória, que conta quando certa senhora observando Pablo Picasso pintar em seu atelier lhe questiona o valor daquela obra. Picasso calmamente revela um preço bastante exorbitante para a época. A senhora indignada responde, mas eu lhe vi pintar, tomou apenas algumas horas. E Picasso finaliza, horas não, levei toda minha vida para pintar esse quadro.


Assim Paul McCartney levou 68 anos para fazer esse show. Em uma noite apenas mostrou a obra e o valor de uma vida inteira.

Felipe Schmitt Fleischer


Pensador Mercadológico






http://pensadormercadologico.com/2010/11/09/notepad-14/


Fonte tirada do Blog acima.

Nenhum comentário: