sábado, 12 de janeiro de 2013


Cuidado com os sentimentos

Por Monique Ávila


Fonte: Jornal NH, postagem em 04 DE DEZEMBRO DE 2012



Semana passada fui vítima de uma virose chata. Daquelas que te deixam de cama por alguns dias, sem vontade de comer, com dor no corpo e tudo que tinha direito. Recorrente a isso, precisei fazer uma visitinha básica ao médico. Minha mãe sempre disse, e não passa de uma verdade: eu visito poucas vezes os médicos ao ano. Esse ano foram três vezes apenas. Não tenho febre alta, e minhas viroses ou crises de rinite costumam aparecer em épocas quase iguais todos os anos. Já estou acostumada.
Naquele dia, ao entrar no consultório, pude perceber que o médico que ia me atender era o mesmo que me atendeu no início do ano. Eu gostei daquele médico: foi bom no diagnóstico, receitou os remédios certos e ainda trocou uma ou duas palavras comigo sobre como eu poderia me cuidar melhor fisicamente e psicologicamente para não ficar “dodói” de novo. Entrei na sala, “Bom dia”. Contei o que houve, ele me receitou alguns medicamentos pra dor e febre e repouso, porque virose não tem antibiótico que cure. Enquanto assinava meu atestado, ele olhou pra mim e disse “Eu devo ter te falado isso na última consulta, mas vou falar de novo.”. Fiquei atenta e prestei a atenção no que ele me falou. Talvez ele tenha dito na outra consulta também, mas não com aquelas palavras, porque aquelas palavras me marcaram muito.
O médico me disse que existem quatro possíveis motivos que podem levar alguém a ficar com a imunidade baixa, ficando propenso a pegar alguma doença: raiva, medo, culpa e/ou dor. Quando ele acabou de falar, ri sozinha. Pelo menos três desses sentimentos eu tinha. Ele conversou mais e, dali, sai com alguns pensamentos... E com uma vibração positiva boa, por mais cansada da virose que estivesse. Parecia que um peso havia sido tirado de mim.
A gente costuma se decepcionar com as pessoas ou com situações com o decorrer das nossas vidas e, sem perceber, deixamos que isso atinja o nosso tão precioso corpo quer é o que nos sustenta. Mas como ser sustentado fisicamente, se psicologicamente não estamos bem? Decidi que vou tentar mudar. Mudar pra minha felicidade e para a dos que estão ao meu redor e se preocupam comigo. E eu sei onde mudar, eu sei o que me deixa, de certa forma “doente”.
Limpar um pouco a mente, atrair coisas boas, sair pra ver o sol, pra ver pessoas. Dar boas risadas junto aos amigos. Agora, comigo, vai ser assim.